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Doenças Ocasionadas pela Falta de Tratamento Esgoto em Belém


Nos últimos anos, mais da metade das internações nos hospitais públicos de Belém foi de crianças menores de 5 anos. É o quinto pior índice do Brasil, conforme registro de internações infantis registradas pelo SUS em 2011. Pior ainda é que 72,7% dos diagnósticos foram por doenças causadas pela falta de saneamento básico. Diarreia é a maior inimiga destas crianças. Com isso, o gasto total do Sistema Único de Saúde por 100 mil habitantes em Belém foi de R$ 131.089. A taxa de internação por diarreia é de 505,4 por 100 mil habitantes. Ao completar 398 anos, Belém continua tendo um dos mais vergonhosos índices de saneamento, agente da maioria das doenças provocadas nas suas crianças.

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Estes e muitos outros dados foram compilados pelo Instituto Trata Brasil, em um estudo feito pela pesquisadora Denise Kronemberger. O conteúdo do trabalho surgiu como resultado da análise de dados divulgados por diferentes institutos e tem como objetivo fazer uma relação entre o saneamento básico inadequado e males, sobretudo as diarreias.

O estudo permite também que sejam medidos os impactos do esgotamento sanitário inadequado no SUS. O estudo analisou os 100 maiores municípios brasileiros em população no período de 2008 a 2011. Em foco, os impacto dos agravos relacionados ao esgotamento sanitário inadequado: perfil de morbi-mortalidade por diarreias e quadro relativo de gastos hospitalares com internações. As doenças diarreicas são: 'cólera', 'shiguelose', 'amebíase', 'infecções por salmonella', 'infecções intestinais bacterianas', 'doenças intestinais por protozoários', 'infecções intestinais virais', 'diarreia e gastroenterite de origem infecciosa'.


Os municípios da Região Metropolitana, sobretudo Belém e Ananindeua, têm um dos piores índices de saneamento básico do Brasil. De acordo com o levantamento do Instituto Trata Brasil , das 100 cidades analisadas em todo o Brasil, Ananindeua é a quarta pior em relação ao saneamento básico. Belém aparece na sexta pior colocação, com apenas 6% de esgotamento sanitário.

Em 2011, em 45% dos 100 municípios analisados pelo Instituto Trata Brasil , mais da metade das internações foi representada por crianças. As 10 cidades com maiores taxas foram Duque de Caxias (77,1%), Juazeiro do Norte (74,1%), Macapá (73,5%), Feira de Santana (73,3%), Belém (72,7%), Porto Velho (72,4%), Manaus (71,1%), Nova Iguaçu (68,1%), São João de Meriti (66,8%) e Uberaba (66,7%).



Naquele ano, 138.447 crianças menores de 5 anos foram internadas por diarreia, sendo que 28.594 nas 100 cidades analisadas, ou seja, 20,7% do total no Brasil. Em 2010, foram 40.439 e, em 2009, 37.485 crianças.

Retrocesso


Água tratada também é artigo de luxo. Belém tem 76,3% da população atendida com água tratada. Entre as 100 maiores cidades brasileiras, ocupa o 93º lugar. Apenas 1,6% do esgoto despejado na cidade é tratado pela Cosanpa. O surpreendente é que a capital apresenta recuo no número de ligações de água tratada pela Cosanpa.



De acordo com o Instituto Trata Brasil , em 2010 havia 287.028 ligações de água em Belém. Em 2011, o número reduziu, foi para 265.402, apresentando o maior crescimento negativo do Brasil, uma perda de 21.636 ligações. Para conseguir universalizar o abastecimento, serão necessárias 408.642 ligações nos próximos anos. Estes são os dados que constam no SNIS/2011, usados como base para o levantamento do Instituto Trata Brasil .


O grupo de pesquisa hidráulica e saneamento da Universidade Federal do Pará (UFPA) calcula que seriam necessários R$ 2,5 bilhões para garantir água tratada e coleta de esgoto aos moradores da Região Metropolitana de Belém.Gestores: acesso universal a água pode levar 20 anos

 Fonte: Dol